Neste dia 04 de Fevereiro, o calendário do Ministério da Saúde é destinado para o Dia Mundial do Câncer, dedicado à conscientização dos cuidados com a doença. O medo, a incerteza do futuro e a proximidade com a sensação de finitude, sem sombra de dúvidas, são uns dos principais impactos de quem recebe o diagnóstico. Aceitar e saber lidar com o choque da notícia e a insegurança em relação ao tratamento, é um desafio que causa angústia diante de um futuro incerto neste momento tão delicado. Os impactos na saúde mental são expressivos e exigem o acolhimento de uma rede de apoio poderosa, bem como o equilíbrio para encarar a doença e todo autocuidado que o diagnóstico requer.
A literatura médica nos lembra que muitos tipos de Câncer podem ser evitados, pois em torno de 60% a 80% dos diagnósticos se devem a causas externas, como excesso de alimentos processados e de ingestão de álcool; tabagismo; e escassez de atividades físicas, que leva ao sedentarismo nocivo, entre outros. Porém, se o diagnóstico de câncer chegar, podemos dar algumas dicas para que o cuidado e o olhar para este paciente possa ser o mais humanizado possível.
O impacto emocional do diagnóstico não afeta apenas o paciente, mas também todos aqueles que o acompanham. A resiliência precisa ser estimulada, assim como o acolhimento, o suporte familiar e o apoio psicológico. Focar no momento presente, adaptar-se ao tratamento e aproveitar cada minuto para admirar as coisas simples da vida ajudam a amenizar o desconforto e o medo, visto que a nova rotina de exames excessivos e as constantes visitas médicas já trazem a esse paciente uma atmosfera de exaustão, cansaço e a sensação de que ele pode não dar conta, alimentando ainda mais sua sensação de angústia e insegurança com o que está por vir.
A valorização dos pequenos e grandes prazeres contribuem para definir o propósito e a vontade de viver, canalizando as energias e a esperança como aliados do tratamento oncológico. São muitas mudanças que reforçam a necessidade, em muitos casos, de reavaliação do estilo de vida, exigindo hábitos mais saudáveis, que contribuam para o equilíbrio físico e mental.
Quando o paciente compreende que sua cura também depende muito de uma mente saudável, do seu estado de espírito, da sua resiliência e postura em relação ao enfrentamento da doença, ele já sai na frente em ganho de qualidade de vida e absorção de todos os benefícios que o tratamento possa lhe oferecer, independente do tipo de câncer a ser enfrentado. Ou seja, manter o pensamento positivo, e acreditar que a cura é possível, aumenta o desejo de viver.
Enfim, seja qual for a situação, os cuidados com a saúde são essenciais. O diagnóstico de câncer não é uma sentença. Importante seguir todas as recomendações médicas, realizar os exames indicados, tomar as medicações e buscar hábitos de vida mais saudáveis. Nossa mente é também grande responsável pela cura e pelo bem-estar. Alimentar sentimentos positivos estimula a produção de hormônios do bem, que favorecem a condução do tratamento proposto. Afinal, quanto mais equilibrado mentalmente, maior a conexão hormonal que eleva a imunidade e, consequentemente, aumenta a autoestima e o ânimo de viver. Não se entregar à tristeza, ao isolamento e à depressão ajuda a encarar os desafios da doença.